Luciano José Vianna


ENSINO DE HISTÓRIA E LITERATURA DE CORDEL: EXTRATOS DO PASSADO MEDIEVAL EM ‘A BATALHA DE OLIVEIROS COM FERRABRÁS’


A literatura de cordel tem sido cada vez mais utilizada como objeto de pesquisa principalmente relacionado ao período histórico que conhecemos como Medievo. Tal fato se justifica pela presença, nesta documentação, de aspectos e conteúdos relacionados a este período histórico, o que faz com que a mesma possa ser analisada através de uma perspectiva interdisciplinar entre História e Literatura. Entretanto, tais objetos também podem ser abordados a partir da perspectiva do Ensino de História e, especificamente, do Ensino de História Medieval.

Neste sentido, a presente proposta se pautará pela análise do cordel intitulado ‘A batalha de Oliveiros com Ferrabrás’, de autoria de Leandro Gomes Barros, composto em 1913, com o objetivo de observar os estratos do passado medieval presentes no mesmo. Nosso objetivo é apresentar uma proposta de abordagem deste tipo de fonte no Ensino de História, problematizando a mesma e analisando brevemente alguns temas presentes na narrativa que se referem ao contexto medieval. Como resultados, esperamos propor uma abordagem da documentação identificando os estratos do passado medieval presentes no documento, assim como realizar proposta de abordagem deste tipo de fonte no Ensino de História.

As manifestações do Medievo na contemporaneidade
Para comentar sobre as formas que o Medievo é visto e apropriado na contemporaneidade, José Rivair Macedo destaca dois conceitos. O primeiro, reminiscências medievais: este, de acordo com Macedo, representa todas as manifestações que ainda preservam algo do contexto histórico do Medievo, como, por exemplo, formas de apropriação de elementos que um dia pertenceram ao Medievo e que passaram por alterações, transformações “com o passar do tempo, tais como, festas, costumes populares, tradições orais de cunho folclórico que se referem a antes do século XV, monumentos arquitetônicos originados na Idade Média (...)”, entre outros. Por outro lado, Macedo também destaca o conceito de medievalidade, o qual se refere a uma “referência fugidia, estereotipada” do Medievo, o qual pode se manifestar, por exemplo, na indústria musical e nos jogos eletrônicos, assim como as produções literárias contemporâneas ambientadas neste período e o cinema (Macedo, 2013, p. 15-18).

De uma maneira ou outra, seja por uma referência histórica própria do período ou modificada posteriormente, o Medievo se faz presente em nossa contemporaneidade. Neste sentido, Raul César Gouveia Fernandes, em uma importante reflexão metodológica sobre o estudo da Idade Média, alerta para a importância dos estudos medievais para a compreensão da história e da cultura dos países americanos, como, por exemplo, a expansão marítima e suas raízes medievais, as obras de diversos escritores brasileiros do século passado que mantiveram um contato com fontes medievais e, no caso que estamos tratando nestas páginas, “temas da literatura medieval, como a gesta de Carlos Magno”, os quais “permanecem vivos ainda hoje na poesia de cordel nordestina” (Fernandes, 1999, p. 7-14).

Portanto, cada vez mais o Medievo adentra as nossas casas e o nosso cotidiano, fato que podemos perceber após fazer um pequeno exercício de observação ao nosso redor. Entretanto, trazendo nossa reflexão para a seara do historiador e para o seu fazer histórico, devemos observar o conselho de Hilário Franco Júnior, quando afirma que o historiador não deve apenas “ressuscitar os fragmentos mortos do passado, é preciso também um olhar de etnólogo sobre as manifestações vivas do presente que carrega aquela herança” (Franco Júnior, 2008, p. 80-104). O conselho de Franco Júnior obedece ao contexto da ampliação das metodologias e objetos de estudo da História, promovido pela Escola dos Annales, com a qual ocorreu uma multiplicação das possibilidades documentais na pesquisa histórica, dentre as quais encontramos, nas palavras de Jacques Le Goff, “escritos de todos os tipos” (Le Goff, 1990, p. 25-64).

Os extratos do passado medieval no cordel ‘A batalha de Oliveiros com Ferrabrás’
O cordel ‘A batalha de Oliveiros com Ferrabrás’ apresenta a luta de dois personagens inseridos, a priori, em um contexto carolíngio, já que na narrativa do documento surge Carlos Magno representado como Imperador, o qual, por si só, já serviria como principal referência temporal do contexto. Além disso, diversos outros personagens próximos a Carlos Magno aparecem na narrativa, como, por exemplo, Roldão (o qual, no caso, seria Rolando). Portanto, inicialmente, o cordel ‘A batalha de Oliveiros com Ferrabrás’ estaria ambientado temporal e espacialmente em um contexto carolíngio, aproximadamente entre o final do século VIII e o começo do século IX.

Para se compreender a natureza e o conteúdo da fonte com a qual trabalhamos, temos que nos voltar à perspectiva da literatura medieval, termo este que não deve ser entendido em seu sentido atual, mas sim na perspectiva de uma “consciência da atividade literária em seu conjunto e em sua especificidade”, e que apresentava também a consciência da existência de um “corpus literário” (Zink, 2002, p. 79). Boa parte deste corpus literário foi composto sobre uma base oral, o qual apresentava uma auctoritas, uma garantia, “uma autoridade que impõe ao ouvinte exigências justificadas pela presença de um contato pessoal” (Batany, 2002, p. 394), uma vez que “a obra medieval, até o século XIV, só existe plenamente sustentada pela voz, atualizada pelo canto, pela recitação ou pela leitura em voz alta” (Zink, 2002, p. 80). Estas eram algumas das principais características das canções de gesta, conhecidas como poemas épicos, que inicialmente pertenciam a uma tradição oral e que posteriormente foram textualizadas: “inspirada nos feitos dos antepassados, a canção de gesta tinha como centralidade temática as guerras, a celebração do herói, do ideal cavaleiresco e fiel a fé cristã” (Projeto de Monitoria Fontes para o Ensino de História Medieval, 2017). As canções de gesta eram, portanto, narrativas lendárias e poéticas que apresentavam características de oralidade e eram apresentadas pelos jograis, os quais recitavam as gestas de memória (Rossell, 2015, p. 122-141). De certo modo, também eram os “proprietários intelectuais” das gestas, pois, como não tinham que ser fieis a um determinado autor, poderiam modificar o texto das canções, o que pode ser observado em variantes textuais das gestas que foram conservadas em manuscritos como apontam os estudos de Martín de Riquer (2003, p. 32).

No caso do assunto aqui trabalhado, a Canção de Rolando (Chanson de Roland) foi um dos primeiros documentos escritos que retratou e textualizou os acontecimentos de 778, ou seja, a luta entre cristãos e muçulmanos e, aproximadamente quase três séculos depois, entre 1130 e 1150, foi textualizada. Provavelmente, a textualização deste documento teve sua origem a partir de uma tradição oral, realizada por jograis e direcionada a um público muito diverso e em grande parte analfabeto (Riquer, 2003, p. 31-32). Ao ser textualizado em um contexto muito posterior ao da composição do documento, provavelmente ocorreram modificações na transmissão oral, o que fez com que o produto textualizado apresentasse características diversas em comparação com o fato ocorrido em 778. Assim, de acordo com Martin de Riquer:

“el relato en verso llama la atención por sus exageraciones, la admisión de personajes históricos que nada tuvieron que ver con la acción de Roncesvalles y de muchos otros más completamente ficticios, la visión deformada de España y del mundo musulmán y la creación de una intriga que convierte el desastre militar, fruto de un auténtico error estratégico, en el drama de una pasión surgida de la pugna entre Roldán y su padrastro Ganelón. Y ello no es cosa insólita en la historia literaria: los tres siglos que transcurren entre la batalla de Roncesvalles y la aparición del texto más antiguo de la Chanson de Roland existente suponen la creación y evolución de elementos ficticios y legendarios como los que la última destrucción de Troya, hacia el año 1200 antes de nuestra era, generó durante unos cuatro siglos y dieron como resultado la Ilíada” (Riquer, 2003, p. 19).

Ou seja, um dos primeiros documentos textualizados sobre o tema que encontramos no cordel ‘A batalha de Oliveiros com Ferrabrás’, conhecido como manuscrito de Oxford, e datado aproximadamente entre os anos 1130 e 1150, apresenta muitas informações que não condizem com o contexto dos acontecimentos, ou seja, o ano de 778, sendo que, inclusive, não há uma teoria única para explicar o desenvolvimento e o surgimento da Canção de Rolando, embora por todas estas teorias perpassem aspectos de oralidade (Riquer, 2003, p. 19-21).

Com base nas características da literatura medieval que vimos anteriormente e também na forma de transmissão das informações históricas durante este período, nosso objetivo é analisar se a narrativa do cordel ‘A batalha de Oliveiros com Ferrabrás’ apresenta-se como um documento que contém diversos estratos históricos referentes ao Medievo, ou seja, se pertence a um contexto específico do passado medieval (entenda-se, carolíngio), mas sim apresenta em sua narrativa aspectos diversos relacionados a distintos contextos pertencentes ao que conhecemos como Medievo. Em nossa análise do cordel, identificamos diversos aspectos que podem ser entendidos como fora do contexto carolíngio, dos quais destacaremos dois a seguir.

Primeiro aspecto: a presença de personagens identificados como “turcos”
O primeiro encontro entre o contexto franco e o contexto islâmico ocorreu em 732, no que ficou conhecida como a batalha de Poitiers. Naquele contexto, o Islão já se fazia presente na Península Ibérica desde 711 (Catlos, 2010, p. 25-26), e sua expansão por este território representou uma continuidade do processo expansionista realizado desde o contexto no qual surgiu como religião no ano 622. Tal expansão também se direcionou às terras orientais, das quais conquistou boa parte dos territórios orientais do Império Bizantino, o que seria hoje representado pela parte territorial do extremo oriente da Turquia (Hourani, 1994, p. 102-106). Neste sentido, de acordo com Pierre Guichard, a luta realizada pela dinastia carolíngia entre os séculos VIII e IX direcionou-se contra a ameaça “árabe-muçulmana” (Guichard, 2002, p. 633-649).

Ao analisar a narrativa do cordel ‘A batalha de Oliveiros com Ferrabrás’ observamos, desde o começo da mesma, a utilização do termo “turco”/“turcos”, em diversos momentos durante toda a narrativa para se referir àqueles que eram liderados por Ferrabrás (A batalha de Oliveiros com Ferrabrás, 1913, p. 5-16). O próprio termo “Turquia”, como localização territorial, já é utilizado nos primeiros momentos da narrativa (A batalha de Oliveiros com Ferrabrás, 1913, p. 5). Entretanto, a presença do Islã na Península Ibérica, no contexto destacado acima, não foi representada filologicamente pelo termo “turco”, mas sim por outros termos, como, por exemplo, “sarraceno” ou “mouro”, ou, como podemos observar no fragmento acima, “árabe-muçulmano”, que encontramos na citação de Guichard. O termo “turco”, utilizado para representar o mundo muçulmano, foi utilizado mais tarde, séculos depois, como afirma o próprio Guichard:

“O próprio mundo muçulmano modifica-se consideravelmente no fim da Idade Média. (...). Agora [ou seja, no século XIV] o perigo vem do Islã turco. Os sultãos otomanos de Brousse constituem no segundo quarto do século XIV outro exército servil, o dos janízaros, que na segunda metade do mesmo século entra nos Bálcãs provocando séria inquietação em Constantinopla” (Guichard, 2002, p. 633-649).

Portanto, o termo “turco” representa, sim, o mundo islâmico, porém, em um contexto posterior ao carolíngio, não se identificando com este, mas sim com o contexto do Império Otomano. Richard Fletcher, em seu livro ‘A cruz e o crescente. Cristianismo e Islã, de Maomé à Reforma’, cita uma conhecida crônica da primeira cruzada, composta aproximadamente entre 1100 e 1101, ou seja, no começo do século XII, intitulada ‘gesta francorum et aliorum hierosolimitanorum’, na qual, seu autor, afirma que lutou contra os chamados “turcos”, ou seja, obedecendo a uma localização territorial do oriente (Fletcher, 2004, p. 98). Sua origem encontra-se nas migrações dos turcos seljúcidas durante o século XI, originários da Ásia Central e que se direcionaram às terras da Anatólia, na qual, naquele contexto, havia diversos territórios, como, por exemplo, o Império Bizantino (Fletcher, 2004, p. 84-86). Após a batalha de Mazinkert, ocorrida em 1071 e que opôs forças bizantinas e seljúcidas (Hillenbrand, 2007), cada vez mais os turcos seljúcidas se fortaleceram favorecendo o surgimento, no século XIV, do que conhecemos como Império Otomano, o qual se expandiu durante o XV – inclusive conquistando a cidade de Constantinopla – e permaneceu como uma das forças navais do Mediterrâneo durante o século XVI (Hourani, 1994, p. 221-225). A própria presença dos turcos otomanos modificou o significado das cruzadas, as quais passaram de investidas de ataques para recuperar a Terra Santa ou libertar a Península Ibérica para defesas contra os ataques e os perigos representados pelos otomanos (Cardini, 2002, p. 473-487).

Segundo aspecto: Oliveiros combatendo em nome de Deus
Como personagens principais, o diálogo entre Oliveiros e Ferrabrás ocupa quase toda a narrativa do cordel. A oposição entre os dois grupos, os que pertencem aos chamados Doze pares de França e os que pertencem ao exército “turco”, é clara. Entretanto, a narrativa apresenta uma informação a respeito de um possível motivo desta oposição, ou seja, um vínculo com a religião, principalmente por parte de Oliveiros. Em determinado momento da narrativa, este personagem faz a seguinte afirmação:

“Quero que fiques sabendo
Que existe um Deus que nos cria!
Sua força e energia
É como aqui tu estás vendo:
Vim aqui quase morrendo,
Todo chagado e ferido,
Pois eu tinha combatido
Para Ele defender –
Sem teu bálsamo beber,
Fui de Deus favorecido!”
(A batalha de Oliveiros com Ferrabrás, 1913, p. 14).

Embora a narrativa, em seu início, demonstre que Oliveiros se dirigiu à batalha contra Ferrabrás devido à recusa por parte de Roldão em se encontrar com Ferrabrás (A batalha de Oliveiros com Ferrabrás, 1913, p. 7) e também por saber dos insultos que este fizera aos Doze pares de França (A batalha de Oliveiros com Ferrabrás, 1913, p. 7), o fragmento acima deixa claro que a sua intenção foi combater em nome de Deus (“pois eu tinha combatido / para Ele defender”).

É certo que as conquistas de Carlos Magno foram também campanhas de cristianização, as quais, muitas vezes, foram realçadas pela violência (Le Goff, 2007, p. 51-52). Entretanto, tais conquistas não coincidem temporalmente com o processo denominado Reconquista na Península Ibérica, contexto no qual ocorreu uma luta entre os exércitos cristãos e islâmicos neste território. O ideal de Reconquista, imbuído um caráter religioso, somente se manifestou na Península Ibérica em meados do século XI (Flori, 2002, p. 7-24). Naquela ocasião, a morte do rei Ramiro I de Aragão (1035-1063) motivou um verdadeiro incentivo papal realizado por Alexandre II (1061-1073), o qual prometeu indulgência a todos os cristãos que combatessem pela cruz na Espanha (Grousset, 1965, p. 21).

Mesmo que este ideal tenha surgido primeiro nas terras ibéricas, foi somente no Concílio de Clermont, em 1095, que os privilégios outorgados pela Igreja definiram as cruzadas nos padrões papais. A pregação de Urbano II (1088-1099) neste mesmo Concílio deu origem à Primeira Cruzada (1096-1099). Há uma discussão historiográfica sobre o primeiro personagem que manifestou o interesse em promover o socorro aos cristãos no Oriente. Por exemplo, o autor Jean Flori indica que foi Gregório VII (1073-1085) que manifestou esta intenção pela primeira vez, quando este papa decidiu organizar um exército para socorrer os cristãos orientais e o Império Bizantino, no momento em que os turcos seldjúcidas tomaram o controle das províncias gregas da Síria do Norte e da Anatólia, levando os muçulmanos a se aproximarem das margens do Bósforo. Assim, entre 1074 e 1075, o papa escreveu a diversos príncipes solicitando-lhes o envio de guerreiros e assegurando-lhes, caso morressem no caminho, privilégios no Paraíso (Flori, 2002, p. 7-24).

Retornemos ao cordel: se considerarmos que o contexto no qual o cordel ‘A batalha de Oliveiros com Ferrabrás’ foi composto é o carolíngio, o qual é percebido pelo menos em um primeiro momento de contato com o documento, o fragmento destacado anteriormente se refere mais ao contexto da segunda metade do século XI que ao contexto do Império de Carlos Magno, uma vez que o ideal religioso associado aos aspectos bélicos ainda não estava disseminado pelo Ocidente medieval, o que aconteceu, de forma ampla territorialmente, somente durante o século XI, fato que transformou, gradativamente, o cavaleiro em um miles Christi (Demurger, 2002, p. 20-24).

Conclusão
O que podemos concluir neste breve estudo sobre os pontos destacados acima é que o cordel ‘A batalha de Oliveiros com Ferrabrás’ não obedece, de uma forma estrita, ao passado medieval carolíngio, como poderíamos pensar inicialmente considerando os seus principais personagens, mas sim a uma diversidade de estratos do passado medieval, precisamente localizados entre os séculos XI e XII, aproximadamente. Como observamos nas afirmações de Riquer, a própria fonte que deu origem inicialmente à textualização da batalha de Roncesvales, a Chanson de Roland, apresenta características bem mais próximas ao contexto da primeira metade do século XII, momento no qual foi composta, que ao contexto carolíngio. A textualização das fontes medievais, fosse a produção original de um documento, fosse a realização de uma cópia, obedecia aos parâmetros contextuais do momento de composição da obra, ou seja, em muitos momentos as características do contexto de composição eram transferidas para o texto que estava sendo produzido.

Em termos de Ensino de História, portanto, compreendemos que há, inicialmente, a necessidade de analisar o conteúdo de um documento, de modo a facilitar para o público discente a compreensão da composição de documentos que apresentam estratos de um passado longínquo, os quais, no caso analisado, não devem ser entendidos propriamente como pertencentes ao contexto carolíngio.

Dessa forma, iniciando a análise com este procedimento facilitaria para o público discente a compreensão de que os documentos não representam estritamente o passado de um determinado contexto ou período e que, portanto, precisam passar por um processo de análise crítica. Isso facilitaria, inclusive, a própria compreensão de composição dos documentos medievais, os quais apresentavam estratos de diversos passados.

Referências
Luciano José Vianna é Professor adjunto da Universidade de Pernambuco (UPE)/Campus Petrolina. Doutor em Cultures en contacte a la Mediterrània pela Universitat Autònoma de Barcelona (UAB). Membro do Institut d’Estudis Medievals (UAB-IEM). Coordenador do Spatio Serti – Grupo de Estudos em Medievalística (UPE/Campus Petrolina).

Fontes
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2 comentários:

  1. Professor Luciano Boa Noite! Lendo seu texto já estava pra fazer a pergunta quando me deparei com a resposta no mesmo texto.
    Quando criança e por ter descendência Nordestina que é de vem os Cordéis, tive através do meu Pai, contato com os vários deles li bastante. Dentre os que ele tinha haviam vários que falavam sobre o Medievo, incluindo a Batalha dos Oliveiros contra Ferrabrás mas também tinha "O Pavão Misterioso" se não me engano e "João de Calais" dos que me lembro.
    A pergunta é se um escritor dos Cordéis pode ser considerado um Historiador, mesmo não tendo uma Faculdade ou Título de Curso Superior?
    Valmir da Silva Lima.

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    1. Olá Valmir, obrigado pela pergunta!

      Está sendo uma experiência muito interessante trabalhar com literatura de cordel voltada para os estudos sobre o Medievo, principalmente abordando este objeto no ensino de história. Na verdade, encontramos diversos objetos de estudo compostos na contemporaneidade que apresentam uma referência no Medievo: jogos eletrônicos, literatura, cinema, etc...

      Na minha opinião temos duas perspectivas distintas, a produção do cordel estaria mais voltada para o cordelista e a história para o historiador. A partir dos anos 70 do século passado, contexto que coincide com a terceira geração da Escola dos Annales, os objetos de estudo do historiador se ampliaram, principalmente considerando a perspectiva da interdisciplinaridade. Neste sentido, os objetos voltados para outros campos do conhecimento (artes, literatura, etc...) passaram a cada vez mais ser utilizados pelos historiadores em seus estudos. No caso específico dos produtos contemporâneos sobre o Medievo, os quais podem ser encontrados no cinema, na literatura, nos jogos eletrônicos, na arquitetura, etc..., denominamos como "medievalidade", ou seja, objetos nos quais o Medievo aparece como uma referência.

      Espero poder trabalhar mais em outras oportunidades com literatura de cordel.

      Novamente, obrigado pela pergunta :)

      Luciano

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