AGUÇANDO
A CRIATIVIDADE E ALCANÇANDO A TURMA: O USO DE JOGOS NO ENSINO DE HISTÓRIA PARA
ALÉM DA TEORIA
Para aqueles(as) que
enfrentam a rotina de uma sala de aula, idealizando transformar o modo como
ensinamos e nos aproximarmos de nossos(as) alunos(as) cada vez mais, tornando a
História útil para a vida deles(as), metodologias mais eficientes se fazem
urgentes. É preciso arriscar, ousar e quebrar a lógica já imposta do ensino nas
escolas. Faz-se necessário romper com os vínculos tradicionais que nos impedem
de sermos relevantes de fato e buscarmos proporcionar a nossa turma uma aula
dinâmica, interessante, produtiva e até mesmo, divertida.
O uso de jogos no
ensino de História nos permite enriquecer sobremaneira o dia-a-dia escolar, que
em muito deixa de alcançar seu potencial por conta do cansaço e desinteresse
que, por vezes, acompanha naturalmente qualquer rotina. Primeiramente é imprescindível
que o(a) aluno(a) tenha pleno entendimento da importância da História em sua
vida, compreendendo que é esse estudo do passado que lhe permitirá entender-se
como pessoa, bem como seu papel na sociedade, possibilitando a ele(a) conhecer
outras culturas, em outros tempos e espaços, para enfim avançar um passo rumo a
compreensão dos caminhos já trilhados pela humanidade, que por sua vez levará
ao desenvolvimento de um sentimento de empatia e respeito pelo outro, tão em
falta em nossos dias.
Certos(as) de que o
uso de jogos vem agregar muito em sala de aula, sentimos porém uma carência
enorme de materiais que possam nos ajudar a desenvolver essa dinâmica na
prática. Muito se fala sobre o uso dos jogos, pouco se escreve e menos ainda se
apresenta em termos de sugestões e resultados, experiências que nos permitam
ter noção mais profunda de como se faz uso dos jogos em aula, e principalmente,
como nós professores(as) podemos desenvolver jogos que tenham como plano de
fundo a História.
Pensando nisso, e
colocando de lado todo e qualquer comodismo, proponho aqui que juntos(as)
pensemos em maneiras de utilizar essa tão rica ferramenta em sala e que
possamos nos apropriar de vez dessa atividade como parte de nossas aulas, assim
como já fazemos com relação ao uso de fontes em sala, do cinema e da música,
por exemplo. A partir da minha experiência em sala de aula, gostaria de
refletir sobre o tema e apresentar ideias para despertar sua criatividade e
para servir como incentivo na sua prática pedagógica. Por certo isso irá
requerer mais tempo e empenho, uma dedicação além do habitual, mas afirmo com
tranquilidade que o prazer de criar e a alegria em colher os resultados torna o
trabalho leve e vantajoso.
A
importância dos jogos enquanto ferramenta no ensino
Considerando o mundo
super dinâmico em que vivemos, onde um universo de informações se alcança com a
ponta dos dedos, é tempo de pensarmos em soluções para o tão antigo problema
que enfrentamos enquanto professores: o desinteresse dos(as) alunos(as) pelo
saber. Outros mais, outros menos, a verdade é que todos(as) nós, alunos(as) e
professores(as), somos levados(as) em algum momento pelo cansaço e desânimo que
chega com o passar do ano. Sim, nós educadores(as) também somos arrebatados
pela rotina, levando em conta nossa difícil jornada que praticamente consome
todos os nossos dias, e praticamente todo o nosso tempo.
Pensando nisso, para
nós e para nossos(as) alunos(as), uma aula que nos permita usar a criatividade,
usar do humor e da diversão, que quebre a rotina, que traga o inesperado e que
rompa com aquele tão conhecido modelo de aula onde o(a) professor(a) explica o
conteúdo e espera que só isso baste, seria como um oásis no deserto. Ao menos é
o que sinto com relação aos(as) meus(minhas) alunos(as). Quando a aula é
dinâmica, todos(as) saímos da sala com a cabeça efervescendo de ideias, de
reflexões, e de prazer. Sim, é prazeroso. E como faz bem!
Você pode estar
pensando: “Mas devo montar um circo e me vestir de palhaço para que meu(minha)
aluno(a) se interesse em estudar?”. Certamente todos(as) nós já fomos
acometidas por essa dúvida, e hoje posso te responder que não é preciso. E os
jogos não representam para mim parte de um show ou programa de auditório onde o
apresentador tem que se virar em mil para conseguir cativar a plateia. Quando
nos propomos a usar metodologias e ferramentas diversificadas em sala, abrimos
a porta de um mundo novo, trilhando assim um caminho sem volta. O que quero
dizer com isso é que não é difícil usar essas ferramentas em sala, e isso não
faz com que tenhamos que todos os dias quebrar a cabeça inventando um monte de
coisa.
Simplesmente, as
coisas vão acontecendo naturalmente. Eu hoje não consigo pensar minhas aulas
sem que eu utilize vez ou outra algum recurso. E isso não exige que eu busque
atividades mirabolantes, mas que eu leve uma poesia, leia um trecho de um livro
que já li e que trata do assunto; que eu use um filme que despretensiosamente
acabei vendo sem saber que dizia respeito ao tema que estava trabalhando em
sala; que eu pense em uma atividade dinâmica para passar aos(as) alunos(as);
que eu leve um recorte de jornal, uma letra de música, aquela música que já
ouvi tanto; que eu leve as fontes que eu trabalhei na faculdade, e tantas outras
que nossas pesquisas vem revelando. Enfim, é parte do ofício do(a) professor(a)
ir além do conteúdo, e buscar didática para alcançar os(as) alunos(as). Não
podemos fechar os olhos para isso e, na prática, não é tão complicado como
parecia. Fica natural com o tempo e a cada aula você pensa, “o que vou usar
como recurso hoje?” Um esboço no quadro, uma pergunta para instigá-los, uma
frase para me dizerem o que pensam, uma reportagem, ou quem sabe um jogo?
Pronto, de forma simples enriquecemos e dinamizamos em muito nosso ambiente
escolar.
Voltando a pensar o
mundo tão lúdico, tão tecnológico e de tão fácil acesso em que estamos
inseridos hoje, poderíamos nós esperar que nossos(as) alunos(as) se interessem
em ficar quatro horas sentados(as) numa cadeira que não tem de longe o conforto
de um sofá, ouvindo um(a) professor(a) falar sobre um monte de coisas que
ele(a) acha que nem tem relação com sua vida, e que ainda possam sair da escola
satisfeitos com o que viveram naquela manhã? Penso que não, e os jogos podem
nos ajudar nesse sentido.
No livro “Jogos e
Ensino de História”, organizado por Marcello Paniz Giacomoni e Nilton Mullet
Pereira, vários autores revelam a importância de se aprender enquanto se
brinca. Quase que sem perceber, em frente a um tabuleiro ou jogando com a
turma, o(a) aluno(a) está compreendendo aquele conteúdo que tanto lhe parecia
difícil, e está feliz por isso. Os organizadores chamam a atenção para o fato
de que o uso dos jogos permite ao(a) aluno(a) sair daquele universo disciplinar
da escola.
“A arte na aula de História seria uma espécie de arte do encontro, que se apresenta como uma cisão onde não há o um (do aluno: identidade, perfil, tipo ou característica) e o outro (do professor: definido, estabelecido, identificado), mas uma porção de indefinição onde o encontro pode se dar, sem a necessidade do horário, da disciplina, dos ditados ou dos exercícios; eis que o encontro joga com a impossibilidade da previsão, sendo esta sua principal condição. Trata-se de um encontro que não impõe a marca do tempo disciplinar, que não define os resultados ou a produtividade esperada” (GIACOMONI, PEREIRA, 2013, p. 12 e 13).
Talvez o maior medo
que nós enquanto educadores(as) tenhamos ao utilizar esses recursos que geram
agitação nos(as) alunos(as), é justamente o de a aula virar uma bagunça. É
preciso que entendamos a sutil diferença entre bagunça e animação, uso da
criatividade e participação. Caberá ao(a) professor(a) selecionar os jogos que
melhor se adequem a cada turma. E ele já deve saber de antemão que os(as)
alunos(as) vão ficar alvoroçados, e que isso não é ruim. A expressão máxima de
empolgação deles(as) se revelará através de animada torcida, euforia e
agitação. Esteja preparado(a) e disposto(a).
Os jogos de tabuleiro
permitirão uma relativa calma. Os jogos de mais raciocínio também. Quando
utilizamos a estratégia de juntar grupos para competirem entre si, certamente
os ânimos vão ficar mais elevados. Se o(a) professor(a) coordenar o jogo,
centralizando a atenção no quadro, poderá conter os rompantes e animação
excessiva. Tudo dependerá da turma e do objetivo do(a) professor(a).
O jogo permite ao(a)
professor(a) aguçar e desenvolver a criatividade da turma, chegando até o(a)
aluno(a). Inclusive naquele(a) aluno(a) que normalmente é desinteressado ou
bagunceiro. Os jogos tendem a aproximar os(as) alunos(as) e oportunizar um
momento ímpar de aprendizado baseado nas experiências e perspectivas do(a)
próprio(a) aluno(a).
“Desta forma, o jogo “captura” os jogadores para a “existência dentro de um outro plano” e, assim, convoca a imaginação de seus participantes, exigindo o exercício da criatividade. É necessário fabular, seguindo sempre as regras estabelecidas de criação compartilhada de ilusões”. (GIACOMONI, PEREIRA, 2013, p. 153).
Experiências
e ideias para a prática
De maneira geral,
tenho tido ótimos resultados utilizando os jogos em sala. Percebe interação
entre os(as) alunos(as), empenho e me surpreendo vendo estudantes que pouco se interessam pela aula,
participando e se envolvendo de forma bem interessada. Os(as) alunos(as)
estudam para poder jogar e isso funciona como revisão, e ainda se divertem
podendo testar seus conhecimentos e até mesmo vencer um amigo. Os benefícios
são múltiplos.
No livro já citado,
“Jogos e Ensino de História”, no capítulo 5, Carla Meinerz apresenta alguns
jogos que podem ser utilizados em sala, bem como faz Marcello Giacomoni no
capítulo 6. Marcello também nos dá dicas de como pensar e criar nossos jogos.
Vale a pena dar uma olhada. Estipular uma pequena pontuação pode estimular a
turma ainda mais. Eu fiz alguns moldes de jogos que uso como base para vários
temas. Assim só vou mudando as palavras.
Vejamos agora alguns
dos jogos que criei e como você pode criar os seus. Você vai precisar de
cartolina, sulfite, cola, tesoura, canetinha e uma impressora. Ah, e muita
criatividade.
1.Jogo do Historiador
Este jogo pode ser
utilizado na primeira aula do ano. Pensei nele como uma experiência para que a
turma sinta na pele como é o ofício do(a) historiador(a). A turma é dividida em
grupos e o objetivo é criar uma hipótese para o desaparecimento de uma
civilização antiga(inventada por mim). Criei uma série de pistas(fontes) para
que eles(as) pudessem conhecer aquele povo e conseguissem chegar a uma
hipótese. Usei como recorte temporal o final da pré-História e o início das
primeiras civilizações. Essa civilização estaria bem nesse período de transição
e por isso dispunha de fontes que iam de pinturas rupestres a artes mais elaboradas
que teriam sido encontradas nas “ruínas” da civilização. Também improvisei um
sítio arqueológico no parquinho da escola, usando areia e objetos que seriam da
dita civilização. Trabalhei a ideia de arqueologia e mostrei como aqueles
objetos podiam revelar muito sobre aquela civilização. Também haviam objetos
que não poderiam ser desse período, e os(as) alunos(as) deveriam descobrir
através de pesquisa quais eram. Selecionei reportagens e informações sobre
civilizações antigas que de fato existiram para que eles tivessem um parâmetro.
Haveriam indícios de peste, guerra, fome, inundação, disputa de poder, enfim,
uma série de fatores que abririam uma série de possibilidades, de acordo com a
escolha do grupo. Também lancei a ideia de que havia naquela civilização o mito
de que uma serpente devoraria o rei, e utilizei pinturas que dariam respaldo
para defender que esse povo de fato acreditava nisso. Os grupos tiveram que
criar teorias sobre o fim da civilização levando em conta tudo o que havia de
fonte, e interpretando o que poderia ser literal ou metafórico. Por fim, eles
também tinham que traduzir algumas frases escritas em um couro que teria sido
deixado por um membro da civilização. O couro, dentro da teoria, só teria sido
preservado por ter ficado em uma caverna fria, na região do Iraque, coberto por
uma camada de fezes de carneiro, como de fato aconteceu com um sapato de couro
de que temos notícia atualmente. Na imagem 1 pode-se observar melhor a dinâmica
do jogo. Os grupos foram super criativos e, na maioria dos casos, utilizaram
ótimos argumentos para fundamentar suas hipóteses.
Imagem 1: Jogo do
Historiador
2.Jogo da Reforma
Protestante
Este jogo é feito sob
a lógica do tabuleiro. Os participantes se dividem em grupos e cada um deve ser
um dos personagens da Reforma, como Lutero e Calvino. Quatro pessoas jogam e 1
lidera e organiza. Basicamente o objetivo é chegar primeiro ao fim, passando
pelas casas onde existem instruções de uma série de atividades a serem realizadas.
É um jogo interativo e se desenrola como a própria Reforma aconteceu. Os(as)
participantes devem responder sobre as causas
e o desenrolar da Reforma, devem distinguir entre diversas frases quais
são as teses de Lutero, devem fazer discursos, mímica, descobrir qual das bíblias
foi traduzida para o alemão, descobrir quais palavras estão em latim, e quais
livros fazem parte do índice de livros proibidos; devem ainda tentar encontrar
moedas de valor dentro de um saquinho, e fazer tudo isso podendo perder a vez,
ou sofrer penalidades nos casos onde a Reforma enfrentou uma repressão, ou
aconteceu alguma guerra. Por fim, para poder ganhar, o participante deve
desatar o nó que prende o papa ao trono, acabando assim com o poder da Igreja
Católica frente aos protestantes. (Imagem 2)
Imagem 2: Jogo da
Reforma Protestante
3.Jogo da Pirâmide
Este é mais simples.
Os(as) jogadores(as) devem ficar sentados nas suas cadeiras mesmo, e um de cada
vez deve escolher um número. O objetivo é tentar encontrar onde está o faraó.
Para poder descobrir o que está por detrás do número, eles(as) devem acertar
uma questão sobre o Egito. Eles(as) podem encontrar armadilhas ou objetos de valor. Quem achar o
Faraó ganha o jogo. (Imagem 3)
Imagem 3: Jogo da
Pirâmide
4.Jogo da Revisão
Este jogo pode ser
utilizado antes da prova, como estímulo para estudar mais e com a possibilidade
de pontuar algo na prova. A ideia é escolher um número e responder a questão
que estiver ali. Depois girar a roleta para ver quanto vai pontuar. No meio disso
temos chance do(a) aluno(a) ganhar uma pontuação a mais, ou tirar um bônus,
pedindo para alguém ajudá-lo a responder. Também existe a possibilidade de
tirarem um papel com uma palavra para fazer mímica. Se a turma acertar o(a)
aluno(a) pontua. (Imagem 4)
Imagem 4: Jogo da
Revisão
5.Jogo do Relacione
Este jogo tem por
objetivo relacionar palavras-chave com outras que tenham proximidade. Cada
aluno por vez tenta juntar palavras e o(a) professor(a) confirma se está certo
ou não. Palavras como Islamismo, Maomé e Alcorão podem servir de exemplo. (Imagem
5)
Imagem 5: Jogo do
Relacione
6.Jogo das pistas
Este é no estilo dos
programas de televisão. O(a) aluno(a) vai ver uma palavra por vez e tentar
descobrir qual a palavra chave. A lógica é mais ou menos como a do jogo do
Relacione. A ideia é falar palavras que tenham relação. (Imagem 6)
Imagem 6: Jogo das
Pistas
7.Frases embaralhadas
Para fazer esse, é só
escrever uma frase num papel e cortar as palavras, e depois o grupo deve
montar. O primeiro grupo a montar, ganha.
8.Complete a frase
Os(as) alunos(as)
devem encontrar a palavra que completa a frase. As frases podem ser coladas com
fita crepe no quadro. (Imagem 7)
Imagem 7:Complete a
frase
9.Juntando conceitos e
características
Este jogo eu usei com
relação as características de doutrinas do século XX e características das
ditaduras na América. Colei todas as palavras no quadro e os(as) alunos(as)
tinham que relacionar em colunas o que pertencia a cada conceito. (Imagem 8)
Imagem 8:Juntando
conceitos e características
10.Jogo do “Quem sou
eu?”
São expostas aos
alunos(as) frases ditas por algum personagem, ou frases que revelam algo sobre
um personagem ou acontecimento. Depois de ler, uma cada vez, os(as) alunos(as)
devem descobrir quem é esse personagem.
11.Jogo do
Imperialismo
O Objetivo desse jogo
é entender na prática como os países imperialistas agiam durante a conquista da
África e Ásia. Utilizando um tabuleiro, cada jogador(a) representa uma potência
imperialista. Utilizando cartas como “colônia” e “protetorado”, que vão sendo
descartadas e pegas, os(as) jogadores(as) devem tentar colonizar países que
foram alvo da prática imperialista do século XIX. Se acertarem o modo de
dominação, os(as) jogadores(as) ganham a carta de posse desse país. Há uma lista
para que possam descobrir que país foi dominado por qual potência e de que
forma. Os(as) jogadores(as) podem dominar as colônias de outras potências para
impedir que seus (suas) colegas a dominem e propor guerra para conquistar
outras colônias ou retomar sua própria colônia. Quem tem mais cartas de guerra
ganha a batalha e fica com a colônia. Se o(a) jogador(a) cair na casa de uma
colônia que já foi dominada, deve responder uma pergunta. Se errar, volta 2
casas, e se acertar fica onde está. Vence quem tiver o maior número das suas
colônias no fim do jogo. (Imagem 9)
Imagem 9:Jogo do
Imperialismo
12.Jogo do Descarte
Apresentam-se várias
palavras aos(as) alunos(as) e pede-se que descartem as que não têm relação com
o conteúdo.
13.Pensando junto
Separe-se em grupos a
turma, e pede-se que um(a) dos(as) alunos(as) escreva no papel uma palavra que
melhor represente, na visão dele(a), o tema que o(a) professor(a) passar. A sua
equipe também deve escrever. A ideia é que escrevam a mesma coisa. Quanto mais
pensarem junto, de forma igual, mais acertam. Exemplo: Tema-Idade Média Palavra: Feudalismo.
Podemos ainda recorrer
ao uso de jogos clássicos, mudando apenas a temática. São exemplo disso o
dominó, mímica, o jogo da memória, forca, e outros nesse sentido. Se houverem
dúvidas com relação aos jogos, entrem em contato. Estou a disposição.
Conclusão
A partir dessas
experiências proponho que cada professor(a) possa pensar sua realidade e suas
turmas, criando seus próprios jogos, inovando na formação de seus(suas)
alunos(as). Tanto a teoria como a
prática tem demonstrado a relevância que o uso dos jogos tem num ensino de
História que seja eficaz e igualmente inesquecível.
Referências:
Cristiane Brand:
Mestre em História pela UEPG.
ANDRADE,
D. E. O lúdico e o sério:
experiências com jogos no ensino de história. REVISTA HISTÓRIA E ENSINO,
Londrina, v.13, p.91-106, set. 2007. DISPONÍVEL EM: www.uel.br/revistas/uel/index.php/histensino/article/download/11646/10329
FERMIANO, Maria
A. Belintane. O Jogo como um instrumento de trabalho
no ensino de
História? In: História Hoje.
ANPUH. vol. 3. n 07, julho Z005. Disponível em:
http:www.anpuh.uepg.br/históriahoje/
voI3n7/maria.htm
Bom dia professora. Adorei a proposta do seu texto, partilho de suas ideias, inclusive, vou salvar aqui e adaptar alguns jogos para os temas de 6º e 7º ano. Sem dúvida o lúdico cativa não só discentes como nós docentes também, quebrando um pouco com a rotina do dia a dia escolar que, em alguns casos, se limita a sentar, copiar conteúdos e fazer atividades - o que desestimula crianças e adolescentes que vão para a sala de aula com novas premissas de aprendizagem. Os jogos permitem que o alunado demonstre de forma mais livre os seus conhecimentos e aprenda de uma forma diferenciada, interagindo e integrando o processo de formação de saberes. Minha dúvida é quanto a demais docentes da escola, no sentido de como avaliam o uso de jogos em sala aula? Está é uma prática das aulas de história ou comum entre as disciplinas? Você realiza alguma atividade antes e depois dos jogos para acompanhar a eficácia dos mesmos, seja na construção do conhecimento, ou revisões de conteúdo?
ResponderExcluirParabéns pelo texto.
Att.
Jessica Caroline de Oliveira
Olá Jéssica. Agradeço a leitura e o comentário. Fico feliz que tenha gostado. Sobre o que você disse, de fato, é estimulante para nós também. Cansativo, mas muito divertido e dinâmico. Tenho observado que os jogos estimulam os alunos a estudarem e revisarem o conteúdo em casa, afinal, eles se interessam pela dinâmica em si e pela possibilidade de ganhar algum ponto extra. Em alguns casos faço jogos rápidos sem avisar previamente e sem que valham qualquer brinde ou nota, e ainda assim percebo interesse neles, por sair da rotina e ser de fato interessante. Respondendo sua questão, eu uso o jogo em vários momentos, as vezes para revisar um conteúdo já antigo, ou para averiguar o conhecimento prévio sobre um assunto, durante a explicação dos conteúdos, como recurso didático, e principalmente encerrando os conteúdos, como avaliação do que de fato foi aprendido. Com relação à escola, percebo vários colegas utilizando esse recurso, principalmente os professores de inglês, espanhol, ciências e as do ensino infantil. Os alunos gostam bastante. Seria maravilhoso que as demais disciplinas, inclusive as exatas, pudessem fazer uso desse material tão rico. Mais uma vez obrigada e espero ter respondido suas questões. Att. Cris.
ExcluirAh, e se quiser algum modelo de jogo, é só avisar que te mando.
ExcluirBoa tarde, Profª Cristiane.
ResponderExcluirParabéns pela comunicação. Além de uma discussão teórico-metodológica sobre o uso de jogos em sala de aula, a Sra. abordou como na prática, mesmo com poucos recursos, podemos desenvolver esse tipo de atividade.
Já anotei todas as sugestões. Mas, fiquei com uma dúvida sobre o jogo "Pensando junto". No texto a Sra. colocou "A ideia é que escrevam a mesma coisa.". Não seria interessante também, permitir que os grupos apresentem o maior número de palavras associadas ao tema? Assim, os alunos/as poderiam articular todos os seus conhecimentos sobre o conteúdo na atividade. O que a Sra. acha, tendo em vista, a sua experiência?
Obrigada pela sua atenção.
Um forte abraço.
Danielle Mendes da Costa
Olá Danielle. Primeiramente agradeço sua leitura e seu comentário. Fico feliz que este texto possa ser útil de alguma forma. Sobre sua questão, de fato é uma ótima ideia. Assim eles poderiam apresentar, como você bem escreveu, um cabedal maior de informações e ainda tem a possibilidade de no fim do jogo, compararem as palavras e descobrirem se pensaram em palavras-chave semelhantes, como propõe o jogo. Damos assim mais corpo ao nosso jogo. Obrigada pela sugestão, certamente agregará muito, afinal, o objetivo maior do jogo é o conhecimento. Att Cris.
ExcluirBoa tarde, Profª Cristiane
ResponderExcluirPensando em sua comunicação, sobre os uso de jogos em sala de aula, pude constatar que realmente faz a diferença no aprendizado dos estudantes, inclusive quando eles tem a possibilidade de elaborarem os jogos. Nas aulas de História, já realizei alguns práticas nesse sentido, em um tema sobre o regime militar no Brasil, os estudantes desenvolveram sob minha orientação diversos jogos: trilha, roleta,entre outros, que ajudaram eles a refletir melhor sobre a temática e também a pensar como é ensinar. Gostaria de saber contigo, como deve ser equacionado o uso de jogos em sala de aula durante um ano letivo, pois sabemos que não é um tarefa simples utilizar-se desse recurso metodológico? E que outras formas metodologicas considerasa importante nas aulas de história nesse século XXI? e que base teorico metodológico são indicados?.
Parabéns pela discussão!!!
Sandro Ambrósio Alves
Olá Sandro. Agradeço muito a leitura e seu comentário. Fico feliz em saber que você tem utilizado esse recurso e não havia pensando ainda na possibilidade de os alunos desenvolverem os jogos. Achei ótima e vou incorporar em minha prática docente. Obrigada.
ExcluirVou tentar responder algumas de suas questões.
Por ser uma dinâmica que exige tempo, disposição, preparação e muita paciência, tenho tentado utilizar o jogo mais ao fim dos conteúdos, para revisar para a prova e verificar o que aprenderam. O jogo também estimula a turma a estudar para a prova. Mas eu uso o jogo em vários momentos, as vezes para revisar um conteúdo já antigo, ou para averiguar o conhecimento prévio sobre um tema, durante a explicação dos conteúdos, como recurso didático(...). Também deixo claro para os alunos que só poderão ter atividades neste sentido as turmas que apresentarem um bom comportamento, então vou equilibrando o uso de jogos conforme a turma vai colaborando e a medida que acho cabível. Também é natural que para alguns temas os jogos apareçam mais facilmente, enquanto que para outros seja mais difícil. Enfim, essas questões, aliadas ao tempo, acabam regulando a escolha do uso do jogo em cada sala.
Também considero muito importante a interação dos alunos em aula, o uso de recursos áudio-visuais(impressos ou digitais) e principalmente de fontes, que eu uso tanto na aula, como recurso, como ao final, como atividade avaliativa. Sobre Cinema gosto bastante dos textos da Cristiane Nova e sobre música e outros recursos, o Marcos Napolitano trabalha bem a prática. Sobre fontes tem algumas reflexões da Pinsky que gosto bastante.
Muito obrigada. Att.Cris
Boa noite, Profª Cristiane. Uma vez eu criei um de tabuleiro que se chamava "Fuga para o Quilombo". Os peões tinham que tentar fugir e não ser capturados pelo capitão do mato. Alguns morriam na tentativa, outros eram recapturados. Os alunos adoravam. Eu gostaria de saber a respeito dos materiais utilizados. Embora sejam coisas simples, há uma certa demanda do uso de materiais, em que a própria escola, devido a cortes de orçamento, pode ter dificuldade em fornecer. Se isso acontece na sua escola, de que forma você adapta as atividades?
ResponderExcluirDesde já, agradeço e parabenizo pela divulgação dos jogos.
Att.
Mayara Faccin
Olá Mayara. Agradeço imensamente a leitura e o comentário. Amei sua ideia. Vou pensar em um jogo para usar com meus alunos. Obrigada.
ExcluirSobre sua questão, de fato, os materiais que eu uso são simples, como sulfite, cartolina, canetinha, cola, enfim. O que sai mais caro são as impressões, mas como faço em minha casa, não tenho muito prejuízo não. Eu acabo nem pedindo material para a escola, porque prefiro fazer por minha conta, mas claro que seria muito bom se as escolas pudessem ajudar. Eu não peço material, não porque a escola não possa ajudar(por ser particular), mas porque eu entendo o material como meu, sendo que posso usar em várias escolas e momentos. Entende? Mas nada impede uma parceria entre escola e profº. Se o recurso é pouco, pode-se improvisar e em alguns casos usar recicláveis, materiais que os alunos possam trazer e ao invés de imprimir, fazer a mão. Os jogos de tabuleiro exigem um pouco mais de trabalho e gasto neste sentido, mas te confesso que não tenho gastado muito não. Sem contar que muitos desses materiais eu já tinha em casa por ser profª. Você pode usar o que tem, guardar folhas sulfites e materiais que iria descartar, enfim, só vai precisar de um pouco mais de criatividade.
Muito obrigada.
Att. Cris.
Boa tarde, Profª Cristiane.
ResponderExcluirPrimeiramente gostaria de parabenizar a professora por essa didática que faz com que o aluno tenha uma vontade a mais de desenvolver conhecimento em cima da área de história, principalmente no dias de hoje, onde sabemos que a tecnologia por muitas vezes acaba afastando ainda mais o aluno. Pois bem, nesse contexto da pós-modernidade, a qual a modernização ocorre de forma explícita, com quais olhares a professora acha que a estrutura da escola, no caso, voltada para uma base padronizada onde por muitas vezes não deixa brecha para os professores desenvolverem um conteúdo mais diversificado nesse contexto de aprendizagem, analisa esses meios que aproximam o aluno de uma forma mais descontraída e, vamos dizer, ''fora dos padrões impostos''?
Obrigada desde já!
Att.
Ana Laura Daipré
Olá Ana Laura. Agradeço muito pela leitura e comentário. Fico feliz.
ExcluirBom, vejamos. As vezes a direção entende o jogo como "tapa-buraco" ou enrolação do profº por desconsiderar a seriedade por detrás de uma dinâmica que conduz a turma ao espaço do lúdico, do divertido e daquilo que quebra a rotina. Creio que não enfrento essa dificuldade onde leciono, pois sou inclusive estimulada a trabalhar de forma dinâmica e diferenciada. Mas de fato, em muitas escolas os jogos não são vistos como recurso didático, ou são apenas para o ensino infantil. Na academia pouco se fala sobre. Neste sentido, penso que seria interessante um trabalho do profº para cativar outros professores a usar esse recurso, e principalmente, para demonstrar a utilidade e benefícios desse uso. Cartazes nos murais da escola discutindo essas questões ou discussões na sala dos professores podem ajudar. Apresentar os resultados obtidos através dos jogos a direção também pode ser uma boa opção. Uma vez que entendemos que os jogos não são enrolação e perda de tempo, podemos mostrar isso para toda a escola, professores, direção e alunos, e assim legitimar essa prática que certamente será aceita com o tempo, na medida que revelar sua eficiência.
Obrigada.
Att. Cris
Boa noite! Tudo bem?
ResponderExcluirAdorei o seu texto! É incrível poder pensar em conjunto maneiras de diversificar a aula e trazer prazer no momento de aprendizagem dos alunos! Parabéns!
Ao ler o seu texto, principalmente na parte em que você nos relata jogos que já criou e utilizou com seus alunos, me surgiu uma dúvida: você já utilizou jogos existentes - como o War Mitologia Grega ou Catan - Expansão Navegadores - para fins didáticos? Imagino que seriam boas possibilidades para uma introdução ao tema, tendo uma leitura crítica, ou mesmo finalização. Talvez até mesmo mudando algumas regras para atingir os objetivos didáticos. Gostaria de saber um pouco mais da sua opinião a respeito desse uso.
Att,
Rafaella Franchin de Sousa (Unicamp)
Olá Rafaella. Agradeço muito sua leitura e comentário.
ResponderExcluirFico feliz e agradeço suas palavras. De fato, é maravilhoso podermos discutir sobre esse tema e crescermos juntos.
Até hoje eu não usei por não ter contato com esses jogos, mas acho super válido. Esteticamente, certamente eles chamariam muito mais a atenção dos alunos. Podemos usar de acordo com nossos interesses sim, como o banco imobiliário, que eu já vi uma aluna da faculdade usando em seu estágio para trabalhar capitalismo. Todo recurso é útil, ainda mais quando os alunos já conhecem e gostam. Muito obrigada pela dica. Vou pesquisar sobre.
Att. Cris.
Parabéns pelo texto e pelo tema abordado. Sendo a História muito teórica em comparação as demais disciplinas do currículo, os jogos se tornam um alternativa para dinamizá-la.
ResponderExcluirTenho alunos disléxicos e com TDAH. Você já fez experiências do uso de jogos como alternativa de aprendizagem para alunos com esse tipo de diagnóstico? Se sim, quais foram suas conclusões sobre a prática?
Atenciosamente,
Helena Teston.